Precípuo

Mágica dispersa no ar ,
Sangue que não dispara ,
Deixa de existir ,
Deixa de importar ,
Aroma da perdição ,
Dor almejada ,
Decisões precipitadas ,
Sem meu domínio ,
E sem precisão ,
Brilho dos olhos ,
Que se ganha ,
Marcas ,
Que se mantém ,
Em cada um de nós .

O centro de Nós

Como se manter de pé , 

Se o plano que a cerca , 

Deixa de ter peso ?

Se toda a força , 

E o estímulo , 

Que a envolve ao reagir , 

Há de ser , desencontrada ?

Seguido do desencanto ,

Do pesar da alma ,

Consequência do enfraquecer , 

Retrocesso , 

Ceticismo , 

Penúria , 

A singularidade do momento , 

A esperança de ser passageiro , 

E pouco aclamado , 

Para que , 

A claridade , 

Volte a alcançar , 

O centro de nós .

Persistência

Enquanto eu viver ,

Eu vou acreditar ,

Mesmo que seja improvável ,

Mesmo que eu não alcance ,

Mesmo que eu me canse ,

Mesmo que me desafiem ,

Mesmo que eu não ganhe ,

Meso que eu me perca , e me confunda ,

Mesmo que eu me engane ,

Mesmo que eu enfraqueça ,

Mesmo que me julguem ,

Mesmo que eu tenha de chorar , gritar ,

Mesmo que não acreditem em mim ,

A vida segue em frente ,

Não se importa se for por bem ou por mal ,

Meu sonho floresce , enriquece , se revigora ,

E me guia .

Um errro ?,

Incompreensível para mim ,

Mas o que eu poderia fazer ?,

A culpa não faz parte de mim ,

Não mais ,

Pela primeira vez eu não serei a vilã da história ,

Eu tomei posse da minha liberdade,

E se o mundo parou de girar ,

Como costumava,

Perfeito demais ,

Mas irreal,

E fora da minha compreensão ,

De certo e errado ,

Eu só almejo ,

Que as coisas voltem ,

A fácil e hipócrita ,

Que eu me acostumei ,

A entender ,

Mesmo que alguma força ,

Algum instinto ,

Que tem a sede , a vontade ,

De se rebelar , surpreender ,

E caminhar a uma utopia ,

Tão bela , e tão procurada ,

Mas desistir ?

Depois de toda a dor ,

A conquista ,

Ficam para trás ,

Porque o que o destino guarda ,

Poucos são capazes de um dia ,

Reconhecer .

Momentâneo

Sem saber ,

Eu corri ,

Apenas corri ,

Sem porque , sem rumo , e nem opções ,

Desgastada , Dilacerada ,

Fraca , Frágil ,

Como nunca pensei que pudesse ser ,

Hã ,

A vida te modifica , te codifica ,

Com linguagens indecifráveis ,

Que partem do interior ao desconhecido ,

Por todos nós ,

Culpados ou não ,

Por mais complexo que tudo isso seja ,

Você faz parte disto ,

Por sua inútil escolha .                            

De forma que .

Eu sinto de forma rara ,
De que este sonho ,
É o melhor modo ,
De recompensar o tempo perdido ,
Por situações inocentes ,
Sem nexo ,
Sem valor ,
Mas que acima de tudo , nesse momento ,
Parecem ainda mais inofensivas ,
Perto desta chuva de púrpura ,
Que cai cada vez ,
Em que meus pensamentos ,
Se transportam aos seus olhos ,
Que me movem ao infinito e além ,
Ou ao mais profundo poço de solidão e negritude possível ,
Estes olhos que me domam ,
Não importa ,
Qual seja minha resistência ,
Eu sinto ,
Que todo mal que certa vez já reinou ,
É destruído com uma só luz ,
Que é acendida ao fundo ,
Que além de me saudar  ,
Me causa ,
Total sensibilidade e comoção ,
E me fascina ,
Por sua tamanha , perfeição .

Rejeição

Eu tive meus erros ,

Isso eu admito ,

Eu quebrei todas as minhas barreiras ,

Para chegar ao meu auge ,

Eu desafiei meus instintos ,

Por pensar que tinha tudo ,

E em alguns segundos ,

Eu cai no abismo ,

No qual eu já previa ,

Mas quando a vida ,

Te desafia ,

Ela esquece seus conceitos , seus sonhos ,

Sem pensar em consequencias ,

Portanto eu venero ,

Aqueles que nunca se sentiram sozinhos ,

Quando nem a própia alma lhes restava .